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Minha experiência com uma faculdade de Liberal Arts

O meu caso pode ser descrito como bem específico, porém, ainda é um tópico relevante que pode ocorrer com muitos de vocês. Eu sempre fui uma boa aluna, então sempre imaginei que ao escolher minha dream school iria acabar selecionando uma escola com nome, conhecida mundialmente e com um acceptance rate bem baixa. Porém, a vida me levou por um caminho um pouco diferente, e acabei com um dilema: continuar com o plano original ou seguir um caminho diferente.

Ao escolher a minha faculdade dos sonhos, percebi que nenhuma destas faculdades conhecidas e seletivas possuíam o que eu queria. Depois de pesquisar e refletir muito, eu percebi que eu queria uma escola pequena, com um campus bonito e que não necessariamente era em uma cidade grande. Queria uma faculdade de Liberal Arts, que consiste em um sistema onde os alunos tem mais liberdade nas escolhas de estudo, podendo montar seu curso sem matérias obrigatórias focando em montar alunos com uma vasta base de conhecimento e interesses. Todas as faculdades que encontrei deste perfil eram faculdades que eu nunca tinha ouvido falar antes, e que não eram tão seletivas quanto eu inicialmente desejava.

Pensei muito no que eu realmente queria, e, na falta de claridade, resolvi que seria melhor visitar os dois tipos de faculdade antes de me decidir. As visitas me ajudaram muito, tudo que eu pensava antes se consolidou, algumas faculdades que eu prezava acabei odiando enquanto algumas que eu não ligava muito acabei amando. Vale a pena visitar todos os tipos de faculdade que passam pela sua cabeça, mesmo se for só para tirar uma dúvida. Visitei então faculdades conhecidas e seletivas, como Yale e Columbia, que são Ivy Leagues, e também visitei faculdades pequenas do porte Liberal Arts, como Wesleyan University, Bard University e Vassar College. Ressalta-se que existem também faculdades Liberal Arts muito seletivas como Amherst College e Williams College, mas, no final, a faculdade que eu mais gostei era Vassar College, uma que não caía nesta categoria.

E, então, as indecisões começaram. Eu sabia que a faculdade que eu queria mesmo ir era Vassar, mas mesmo assim haviam outras questões que eu não podia ignorar. Eu trabalhei duro minha vida escolar inteira para poder ter a oportunidade de possivelmente entrar em uma faculdade com nome e seletiva, e agora eu me vi querendo uma coisa completamente diferente. Tive medo de estar me vendendo por menos, de estar mirando baixo depois de todo meu esforço e de nunca ter a oportunidade de impressionar minha família e amigas.

Considerei mudar completamente de escolha, aplicar para uma Ivy League, por exemplo, porque parecia o certo a se fazer. Afinal, isso iria impressionar mais, o que poderia ser melhor até mesmo para o meu futuro e minha carreira. Mas, no final, decidi seguir o que eu sabia que ia me fazer mais feliz. Acabei aplicando Early Decision para Vassar College: pequena, Liberal Arts e com uma acceptance rate de 25%. Através do Early Decision, eu me comprometi cedo com a faculdade e recebi meu “sim” em dezembro. Agora percebo que fiz a decisão certa. "Seguir seu coração" é um conselho um pouco cliché, mas, no final das contas, o importante mesmo é realmente ir para onde você sabe que se sentirá mais feliz, trabalhar duro para se destacar, e fazer proveito de tudo que é oferecido. Vá para a faculdade que possa te proporcionar diversão e algum desafio acadêmico, te dando espaço tanto para se divertir quanto para aprender. Não se preocupe muito com os outros ou até mesmo com suas oportunidades para o futuro, a faculdade é o que você faz dela e o seu futuro depende mais de você do que de onde você estudou.

Malka por Luana Caputi

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