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Me sentindo em casa

Passei mais que 48 horas fora desse campus esse fim de semana pela primeira vez.

E quando o avião de Atlanta pousou nesse domingo de manhã no O'Hare, eu senti algo que não esperava - um sentimento de estar chegando em casa.

Me enchi de felicidade só de pensar em reencontrar aqueles amigos que me despedi na quinta-feira, em dormir na minha cama quentinha e em passear segunda-feira pelo campus com Mallu Magalhães e Tiago Iorc pulsando nos ouvidos.

Foi aí que eu percebi que esse lugar aqui virou, em menos de dois meses, muito mais que o lugar que eu estudo ou o lugar que vou morar por quatro anos - Northwestern virou minha casa, meu lar.

Conheci aqui pessoas de todos os cantos do mundo, pessoas com uma história de vida mais interessante que outra, pessoas com os interesses e talentos mais variados.

Me juntei também ao grupo de brasileiros mais unido que eu poderia pedir. De todos os lugares do brasil, com todos os sotaques possíveis, juntamos na nossa brasilidade em comum.

Foi aqui também que consegui conhecer mais de mim mesma; descobri o quanto que gosto de escrever, o quanto que ser a "mãe" do meu grupo é algo natural da minha personalidade e o quão fácil é me adaptar em uma atmosfera tão diferente da carioca.

Sou sortuda, eu sei. Nem todos tem a sorte de sentir em casa na faculdade em tão pouco tempo. Mas, no meu espírito otimista de hoje, desejo esse sentimento para todos vocês que começaram a faculdade também. Que seus amigos virem sua família, que sua cama vire seu templo, e que sua faculdade vire seu lar fora do Brasil.

A vista do avião

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